domingo, 27 de setembro de 2009

Relatório do Nono Encontro - GESTAR II - Tupanciretã - PORTUGUÊS



Em virtude da utilização da Sala de Reuniões da Secretaria Municipal de Educação para um encontro entre as autoridades de saúde do município a fim de discutir as orientações acerca da Gripe Influenza A (H1N1), os encontros das turmas de Língua Portuguesa e de Matemática do GESTAR II aconteceram junto à Biblioteca Pública Municipal Dr. Pedro Pinto. A mensagem do dia foi “Gostava Tanto de Você”.
O trabalho norteador deste dia foi o envolvimento com os TPs 4 e 5. No começo da Oficina 9, a última antes do recesso de inverno, foi discutida a atividade deixada para ser realizada como estudo no encontro anterior. A partir da mesma, foi realizada a atividade proposta na divisória “Avançando na Prática” (p. 182, do TP 4), levando em conta a construção de andaimes.
Os relatos da atividade realizada foram emocionados, uma vez que tiveram de se reportar para as memórias familiares, saudosas, de infância, contrapondo com a realidade, a ausência, a impossibilidade de reviver estes momentos. Também se pode perceber a necessidade que tiveram de estabelecer ligação entre a ordem do exercício e as suas memórias, seguindo exatamente o solicitado, revisando o texto produzido, etc.
O resultado desta reflexão foi excelente, quando os professores-cursistas se deram conta de que é preciso cumprir cada passo das etapas de aprendizagem assim como as etapas do exercício, planejando dentro do nível de entendimento e pré-requisitos dos alunos, incentivando-os a ir além, aguçar seus conhecimentos prévios e conceitos anteriores. Tais medidas facilitam bastante o trabalho dos educadores a manter os alunos dentro do trabalho que se propõe e a fazê-los caminhar além. Com isso, alunos e professores se sentem estimulados e envolvidos na tarefa de ensinar e aprender.
Para socializar as conclusões dos cursistas e comprovar o que afirmam e teorizam os TPs, foi utilizado o texto “Minhas Não-Férias” para refletir a respeito das questões propostas nas letras “d” e “e”, da página 164 (TP 4), debatendo o tema por 10 minutos.
A exemplo do que aconteceu nos debates anteriores, as cursistas enfatizaram o quanto era deprimente e difícil tratar do tema férias em algumas turmas – o que era praticamente obrigatório há algum tempo atrás -, assim como tratar de algumas datas comemorativas de modo descuidado sem considerar as realidades da turma (como dia das mães, dos pais, abordar temas católicos em comunidades em que outras religiões dominam e não aceitam estes aspectos tratados como únicas verdades, entre outros).
A atividade 1 desta Oficina despertou curiosidade, estranheza e muita alegria. Os cursistas foram divididos em três grupos e receberam 10 palavras para elaborar um texto (muxuango, hermeneuta, vituperado, defenestração, perfunctório, falácia, ignóbil, sibilino, uxoricídio, apoplexia). Após a leitura dos textos, foram apresentados os slides com os significados das palavras, conforme explicações do Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa 2.0. Entre a diversão e descontração dos participantes, prevaleceram: a tentativa de, pelo significado do texto e das palavras, buscar estabelecer sentido no que foi produzido por cada grupo; e a consciência de que o vocabulário escolhido para trabalhar com os alunos precisa também receber especial atenção dos educadores.
Então, foi exposta a seguinte reflexão pela professora-formadora: “Faz-se necessário refletir que, assim como estas palavras eram desconhecidas para a maioria dos cursistas, o que complicou a produção e a organização das ideias, é essencial que ao realizar uma atividade com os alunos tenhamos cuidado com: vocabulário; tipo de texto escolhido; assuntos tratados nos textos; estratégias de leitura para que aconteça realmente a compreensão e o proveito do texto (seja reflexiva ou gramaticalmente); que atividades serão desenvolvidas (em que nível elas estão, o que contemplam, que habilidades, competências e conhecimentos prévios exigem, para que fim se destinam, etc.); o que elas desencadearão; no que beneficiarão os alunos, o que pretendo com elas, que objetivos, recursos e metodologias eu utilizei para que as metas traçadas fossem alcançadas; como será avaliado o trabalho dos alunos e o meu desempenho como professor; no que posso e preciso melhorar; o que poderei aproveitar a partir da realização desta atividade”.
Com estas observações, entramos no TP 5, o último desta primeira etapa do curso, que trata de estilo, coesão e coerência – exatamente o que se procurou contemplar com as reflexões da atividade anteriormente descrita. Após expor os objetivos de cada uma das unidades deste caderno de Teoria e Prática, os cursistas foram divididos em seis grupos, e foi sorteado um personagem para cada grupo: Luciano Huck; Opash (novela Caminho das Índias); Sílvio Santos; Xuxa; Lady Kate (programa Zorra Total); Drª Lorca (programa Zorra Total).
Após ler o texto “Os Diferentes Estilos”, de Paulo Mendes Campos, os grupos deveriam reescrever a notícia utilizando os dados do texto e respeitando as características da personalidade que o grupo sorteou. Para cada apresentação, a formadora apresentou a música ou vídeo referentes aos personagens.
O resultado maravilhoso está aí:









A última atividade desta Oficina 9 tratou-se de transposição através do texto “Traduzir-se”, de Ferreira Gullart, onde as cursistas apresentaram em linguagem não-verbal (por meio de imagens e cores) a sua “tradução” do texto. Depois, cada cursista expôs o que desejou representar em seu desenho.


Foto 1: Apresentação dos desenhos - Cursista Suzinéia Nascimento


Foto 2: Apresentação dos desenhos - Cursista Margarete Plautz da Silva


Com base nestas compreensões, foi possível introduzir a Unidade 18, que trata da caracterização da coerência na inter-relação entre textos verbais e não- verbais e estabelecendo unidade de sentidos entre eles. Também faz parte deste estudo a necessidade de verificar como se constrói a coerência nos textos.
Para melhor compreensão, foram apresentados diferentes textos com estímulos visuais e auditivos. Para cada texto apresentado e analisado foi solicitado que os grupos oralmente identificassem elementos de coerência, observação ou não da realidade, se a informação repassada era confiável ou não, e que identificassem quais as intenções de quem escreveu os textos.
Com a própria prática da expressão exigida na disciplina, e o olhar crítico que desenvolvem em seu trabalho e nas exigências do GESTAR II, as análises foram muito interessantes e despertaram a vontade de trabalhar com estas conotações diferenciadas e que certamente chamarão a atenção dos educandos.
Como atividade para casa, se solicitou uma conversa bastante particular sobre as dificuldades encontradas no GESTAR II até agora com relação à: aplicação das atividades, reação das escolas, das colegas, dos alunos, da própria cursista frente às propostas feitas pela formadora e com relação aos encontros. O objetivo é fazer com que estas colocações sirvam de avaliação para melhorar os encontros e encaminhar o trabalho da formadora rumo a intervenções que forem consideradas necessárias.
Foi uma oficina maravilhosa, e no encerramento foram entregues os aspectos teóricos do projeto GESTAR II 2010.

Nenhum comentário:

Postar um comentário