domingo, 27 de setembro de 2009

Relatório do Oitavo Encontro - GESTARI II - Tupanciretã - PORTUGUÊS

RELATÓRIO DO OITAVO ENCONTRO
GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA
TUPANCIRETÃ – RS – DIA 14 DE JULHO DE 2009


A Oficina 8 foi iniciada mediante a reflexão da mensagem “A Nota de 100 Reais” e da exposição individual do tema deixado para estudo no encontro anterior. Através destas duas ações, reforçaram-se as observações sobre a necessidade de se valorizar o potencial dos alunos e, partindo de suas habilidades, de sua realidade, dos conhecimentos prévios, despertar-lhes o prazer em descobrir o prazer de aprender desenvolvendo suas competências e habilidades.
O grupo tem consciência de que somente a partir da ação do próprio aluno na construção do saber, sua aprendizagem se efetivará. E tal medida se concretiza na valorização do seu meio, da sua linguagem/falares, das suas experiências, explorando seus relacionamentos, dificuldades, objetivos, sonhos, etc. Só assim eles vão recuperar o sabor em saber. E com este raciocínio, assistimos ao vídeo “O Saber e o Sabor”, que contribui completamente nas reflexões a que se chegou anteriormente.
Foi um momento emocionante, onde se refletiu sobre o papel do professor, contendo relatos positivos e negativos de determinadas posturas vivenciadas nos períodos de Ensino Fundamental, Graduação e Especialização das cursistas presentes. Ficou evidente a necessidade que se tem de conhecer os alunos com os quais se trabalha, e não simplesmente trocar informações com os professores das séries anteriores sobre disciplina/indisciplina. Isto também é conhecimento prévio.
Seguindo na linha de discussão – sobre conhecimento prévio -, foi efetuada a leitura do texto “Um passeio pelas gírias através dos tempos”, de Ormezinda Ribeiro – Aya Ribeiro. Percebeu-se que para a total compreensão do texto era preciso conhecer as gírias, e que isso só se efetivaria através da convivência com ela, do seu uso, de estudo anterior, de pesquisa com familiares ou pessoas mais idosas de sua comunidade, entre outros. E que estas ações podem ser valiosas e trazer ainda mais conhecimento, se bem conduzidas e oportunizadas.
Então, os cursistas foram divididos em três grupos. Cada grupo organizou um plano de aula conforme o que foi visto e discutido no filme “Narradores de Javé” envolvendo processos de leitura. A atividade tinha tempo de duração de 20 minutos. Os cursistas apresentaram suas conclusões.
O plano de aula desenvolvido continha o tema da aula, série em que seria aplicado e que carga horária comportaria, objetivo a ser alcançado, metodologia e recursos utilizados, fechamento (produção). A atividade teve como foco central um dos temas a seguir:
 Gêneros textuais (oral/ escrito);
 Intertextualidade;
 Léxico e figuras de linguagem;
 Debate (transposição do rio São Francisco/importância e história da escrita/ mobilização social e cidadania, entre outros);
 Reflexão gramatical (escrita e poder).

Observe as produções dos cursistas:







As discussões desta atividade foram fundamentais para a compreensão da Unidade 14, que trata do reconhecimento do texto e do leitor como criadores de significados únicos, relacionando objetivos com diferentes textos e significados de leitura e conhecendo a amplitude e o papel do conhecimento prévio na leitura.
Estas reflexões se solidificaram na realização da atividade 2, com o trabalho do texto “Nossas cidades” (p. 76, TP 4) e respondendo às questões 1, 2 e 3 (p. 71-73, TP 4). Ficou evidente que existem diferentes modos de leitura e de expor o mesmo texto. As habilidades e competências de professores e alunos é que darão o real teor de sucesso ou não para o que se propõe em sala de aula.
Os cursistas consideraram que o aspecto mediador do professor precisa ser realmente revisto, refletido, estudado, porque são poucos os que conseguem verdadeiramente conduzir as atividades propostas. Sempre acabam dando pistas de como fazer, de que conclusão se deseja que os alunos cheguem, e isto nada contribui com a aprendizagem dos alunos, nem com a vivência docente.
Como os cursistas concordaram e como constava no slide: “para sermos verdadeiramente mediadores, precisamos refletir sobre como conduzimos as atividades que propomos”.
Julgou-se então pertinente considerar o que foi detectado no slide seguinte quando foi afirmado que: “A qualidade das perguntas interfere sobremaneira nas respostas que indicam qual o raciocínio que os alunos tiveram, qual o seu posicionamento a respeito do tema, a sua intenção frente aos assuntos abordados na atividade desenvolvida, os conhecimentos prévios (de conteúdo e de vida) que eles demonstram, etc.”.
Deste entendimento, ficou a preocupação em encaminhar claramente as atividades propostas e em coordenar o trabalho em sala de aula de modo a explorar a realidade dos alunos, aproximar-se deles e incitá-los a novas aprendizagens. Isto foi exercitado e explicitado a partir do trabalho com o texto “Fuga”, do TP 3, demonstrando com isso que há um uníssono no trabalho com os TPs (afinal estamos no TP 4 e foram usados texto e atividades do TP 3). É esta noção de metodologia, de procedimento teórico bem embasado e presente na prática pedagógica que se tem buscado conscientizar. O uso deste texto e das suas atividades também serviram para ilustrar as Unidades 15 e 16, e a dar base para a atividade 3 deste encontro.
Também foram discutidos alguns pensamentos de alunos sobre o que é ler, e solicitada a realização das seguintes atividades como Temas:
 Ler o material do TP 4, nas Unidades 14 a 16.
 A partir da leitura do texto “E a viagem continua...” (p. 175, do TP 4). Fazer toda a atividade 5 de forma escrita.
 Não esquecer da Fundamentação Teórica e dos TPs 4 e 5 no próximo encontro

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