segunda-feira, 29 de março de 2010

Relatório do Oitavo Encontro - II Etapa - GESTAR II - Tupanciretã - PORTUGUÊS

OITAVO ENCONTRO – OFICINA 8
DIA 18 DE NOVEMBRO DE 2009

RELATÓRIO DO OITAVO ENCONTRO – II ETAPA
OFICINA GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA
TUPANCIRETÃ – RS


Já na chegada do sétimo encontro ocorrido na Sala de Reuniões da SMECD, no dia 18 de novembro, foi entregue o material solicitado na Oficina anterior.
Em um primeiro momento, para fins de organização, foram tiradas dúvidas para participação da Mostra, combinada a entrega de material, horário de funcionamento e escala de participação dos cursistas.
A seguir, foi retomado o estudo dos TPs, estabelecendo vínculos existentes entre os mesmos, bem como comparando com a prática, expondo exemplos, indicando possibilidades de trabalhar algumas das dificuldades que naturalmente surgem no ensino da Língua.
Todas as discussões convergiram para o pensamento de Bagno escolhido para o encontro de hoje:

“Uma das tarefas do ensino de língua na escola seria discutir os valores sociais atribuídos a cada variante lingüística, chamando a atenção para a carga de discriminação que pesa sobre determinados usos da língua, de modo a conscientizar o aluno de que sua produção lingüística, oral ou escrita, estará sempre sujeita a uma avaliação social, positiva ou negativa.”
Marcos Bagno

Foram então dados cinco provérbios para que os cursistas trabalhassem em grupos, construindo argumentações orais para os mesmos. Foram eles:
 Quem tem boca vai a Roma;
 Devagar se vai ao longe;
 Mais vale um pássaro na mão do que dois voando;
 Antes tarde do que nunca;
 Quem tudo quer tudo perde.
Na seqüência do trabalho, os cursistas indicaram quais as habilidades e competências que os alunos teriam para desenvolver a atividade, sendo que todos confirmaram que a possibilidade de discussão com os provérbios em questão seria fantástica, especialmente por permitir um novo modo de produzir um texto, mas teria de ser orientada no princípio para a maioria das turmas – imaturidade, falta de pré-requisitos e de hábito de questionamento e vínculo com a realidade foram apontados como os maiores motivos para que a atividade não alcançasse os objetivos pretendidos.
Já na elaboração de questões de interpretação e compreensão, os cursistas tiveram certa dificuldade, pois tinham de refletir na diferença entre um tipo de atividade e outro. Constantemente a formadora prestou auxílio para esclarecer os cursistas neste sentido.
Concluída esta atividade, foram colocados outros exemplos de provérbios, incluindo alguns voltados para a linguagem do momento – a digital -, comprovando que é possível trabalhar a Gramática a partir da intertextualidade, da cultura e do falar individual, e optar por usar ou não recursos midiáticos para isso.
Sobre o uso destes recursos, questionou-se:
E estes recursos?
Tem de sempre levar um recurso diferente?
O uso de computador é obrigatório?
E se eu não tenho habilidade para isso?
O que fazer em escolas onde não se tem estes artifícios?
A formadora esclareceu que recursos midiáticos podem envolver rádio, televisão, livros, jornais, vídeo, CDs, DVDs, mapas, ambientes eletrônicos, roteiros, gráficos e tabelas. Nestes casos, ficou claro que o tom dado pela intertextualidade e pela mídia depende do professor e do seu conhecimento da turma e do mundo, pois, se o educador não domina uma determinada mídia e não consegue contextualizá-la conforme a turma e o que deseja ensinar, não deve, obviamente, utilizá-la.
Foram demonstrados, teórica e visualmente, os exemplos claros desta afirmação através de quadrinhos, citações e com exemplo de trabalhos possibilitados através da realização de oficinas de leitura e de produção de textos, criando situações de uso da linguagem. A partir de diversas questões levantadas, e com base em material disponibilizado durante o segundo encontro do GESTAR II em Porto Alegre quanto às questões ortográficas, falando do atrativo da linguagem em tirinhas, com colagens, com ações criativas.
No final da Oficina, foram entregues gravuras para cada cursista, aleatoriamente. Após observá-las por cerca de dois minutos, o primeiro cursista começaria a contar uma história que receberia, de repente, a intervenção de uma palavra que deveria ser inserida no enredo; em seguida, o cursista seguinte continuava a história, inserindo a gravura que recebeu no enredo e mais a palavra que de repente seria mostrada, e assim por diante.
A ordem e o respectivo tema das listas foram os seguintes:
 Listagem vermelha (verbos);
 Listagem roxa (substantivos);
 Listagem verde (conjunções subordinativas);
 Listagem azul (conjunções coordenativas);
 Listagem marrom (pronomes).
Os cursistas ficaram surpresos com o resultado, porque depois de certa resistência e dificuldade inicial, a atividade foi divertida, exigiu rapidez de raciocínio, contextualização e encadeamento de idéias.
Uma Oficina que rendeu bastante, foi produtiva, interessante e levantou questionamentos importantes para a caminhada, principalmente sobre a importância de termos uma postura profissional determinada, estudiosa e voltada para o aluno – como objetivo de cada ação pedagógica que empreendemos. Retoma-se, assim, a mensagem inicial desta oficina (“Dois Cavalos”), que fala sobre como é importante não se realizar um trabalho solitário: é fundamental dividir para somar.

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