segunda-feira, 29 de março de 2010

Relatório do Quinto Encontro - II Etapa - GESTAR II - Tupanciretã - PORTUGUÊS

QUINTO ENCONTRO – OFICINA 5
DIA 04 DE NOVEMBRO DE 2009

RELATÓRIO DO QUINTO ENCONTRO – II ETAPA
OFICINA GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA
TUPANCIRETÃ – RS


No dia 04 de novembro realizou-se a quinta oficina do GESTAR II na sala de reuniões da SMECD. Parece mentira que chegamos na metade da caminhada da segunda etapa, e que os encontros praticamente semanais estão chegando ao final.
Por isso, e agradecendo a Deus por estarmos conseguindo cumprir nossas tarefas com ânimo sempre renovado, a mensagem de abertura da Oficina 5 Etapa 2 é um vídeo que traz a Ave Maria de Gounod, de Bach, cantada por Bobby McFerrin e toda a plateia que assistia seu show, seguida da mensagem “Livros e Homens”. Um momento ímpar.
Para começar o trabalho deste dia, foram feitos esclarecimentos sobre algumas nomenclaturas que aparecem de modo abundante nos TPs (especialmente nos TPs 1 e 2) e nos materiais que estão sendo disponibilizados para os cursistas, como : condições de produção, pacto de leitura, contexto, cotexto, enunciação, etc.
Logo após, começamos com a análise e apontamentos sobre “As Aventuras do Avião Vermelho”, de Érico Veríssimo, identificando temas e disciplinas em que ele poderia ser trabalhado. Assim, pode-se observar que “O texto como centro das experiências no ensino da língua”, pode e deve ser usado em outras disciplinas, comprovando a viabilidade de se trabalhar interdisciplinarmente.
Foram trabalhados os conceitos tratados nas Unidades 3 e 4 do TP 1, como texto, locutor, enunciador, co-enunciador, alocutário, entre outros. Após as discussões, ficou comprovado o que prevê o Caderno de Teoria e Prática 1, quando afirma que: "a ação entre os interlocutores é obrigatoriamente um processo de mão dupla: tão importante quanto o locutor é o interlocutor".
Os cursistas foram então estimulados a indicar se são ou não textos imagens, vídeos, quadrinhos, pinturas, música, dança, etc. Buscou-se entender que: “é o modo de explorar os recursos literários e não-literários que fará a diferença, e isto é realizado especialmente através da LEITURA, do explorar CONHECIMENTOS PRÉVIOS, de fornecer recursos para que sejam elaborados e reconsiderados conceitos, mostrando o quanto é importante agregar o que é aprendido em outras disciplinas e na sua vivência, a partir de diferentes GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS”.
Assim, fica mais fácil entender que os textos possuem intenções e são elaborados a partir de determinadas condições de produção, sob diferentes objetivos, como distrair, extravasar as emoções e diminuir a tensão. Deste modo, “a noção de leitura também fica ampliada: é o processo de atribuição de sentido a qualquer texto, em qualquer linguagem” (TP 1, p. 105). E são estes detalhes que prendem a atenção dos alunos; é fundamental que os ensinemos a manipular o material que eles têm, identificando a intenção do autor, no que se encaixa ou não na realidade, incentivando a pesquisar, a buscar novas informações, resgatando seu conhecimento prévio.
Comparamos estas considerações com os PCNs, a Prova Brasil, o que é cobrado nos vestibulares e a qualidade das redações que se encontra nos bancos escolares. É a diferença entre focar o trabalho pedagógico para as habilidades e competências e não para conteúdos programáticos e pré-requisitos.
Discutiu-se muito sobre a necessidade de diversificar os textos, de explorá-los ao extremo para tirar o máximo proveito, raciocínio e expressão dos alunos, adotando este pensamento como "palavras de ordem" no trabalho socializador e conscientizador do professor de Português.
Foi lido o texto "Porã", do TP 1, p. 109-110, e buscou-se identificar os elementos textuais que indicam interdisciplinaridade que poderiam ser explorados. Foi um trabalho muito proveitoso. Realizou-se atividades do próprio TP exigindo estudo, contextualização, confronto teórico-prático.
O foco, portanto, passou a ser a intertextualidade, um tema que desde o início do GESTAR II causou interesse nos cursistas, que perceberam ser um artifício valioso para as aulas de Língua Portuguesa se integrarem nas demais disciplinas. Após considerações teóricas, e estudo da Unidade 4 do TP 1, retomou-se a história infantil de Érico Veríssimo, e muitas foram as sugestões de interdisciplinaridade possíveis de serem exploradas, a começar por filmes como os que envolvem viagens fantásticas, Gulliver, Alice no País das Maravilhas. Logo após, trecho por trecho, a formadora foi apontando outras indicações no que foi sendo discutido pelo grande grupo. A seguir, foram abordados os mais diversos tipos de intertextualidade (do pastiche até a alusão).
Neste ponto, realizou-se uma “Maratona Colaborativa”, que ocorreu da seguinte maneira:
 Continuem divididos em três grupos;
 Serão realizadas três atividades;
 Cada grupo deve realizar sua atividade do melhor modo possível no menor tempo (atenção para a qualidade!);
 O primeiro grupo que terminar deve auxiliar o segundo, juntos devem auxiliar o terceiro (ou podem se dividir para cumprir a tarefa).
 É para entregar.
 Há tempo limite: 20 minutos
Na primeira atividade, foi solicitado que os cursistas escrevessem o seguinte texto de outro modo: “Que linguagem é esta que consegue afetar de maneira tão sutil as vias da imaginação? Que escuta é esta que permite liberar frases poéticas tão doces? Que escola é essa que com o passar do tempo faz secar tamanha fonte de palavras tão harmoniosamente combinadas?” (XAVIER & DALLA ZEN, 1999, p. 08).
Na segunda atividade, tinham de criar um pensamento ou citar outro já conhecido que tivesse relação com imagens voltadas para a cultura gaúcha.
Na terceira atividade, teriam de fazer uma crítica a partir ao vídeo “Free Hugs” utilizando de fundo musical a composição “Don’t Worry Be Happy”, interpretada por Martinália.
Todos adoraram a proposta e já estão planejando colocá-la em prática, adaptando aos conteúdos, necessidades e características das turmas.
Finalmente, sugeriu-se como tema:
 ATIVIDADE: Escolha um tipo de intertextualidade e procure material que esclareça mais a respeito. Prepare um material para trabalhar com os alunos e elabore um plano de ação neste sentido. Prepare-se para apresentar na próxima aula.
Foi um encontro bastante interessante, denso, mas muito produtivo.

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