segunda-feira, 29 de março de 2010

Relatório do Quarto Encontro - II Etapa - GESTAR II - Tupanciretã - PORTUGUÊS

QUARTO ENCONTRO – OFICINA 4
DIA 30 DE OUTUBRO DE 2009

RELATÓRIO DO QUARTO ENCONTRO – II ETAPA
OFICINA GESTAR II – LÍNGUA PORTUGUESA
TUPANCIRETÃ – RS


No dia 30 de outubro realizou-se o quarto encontro do GESTAR II na sala de reuniões da SMECD, partindo do princípio que o programa “dá óculos” e do pensamento bíblico que diz: “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaías, 40:31), renovamos nossas energias para o trabalho nem sempre fácil de enfrentar as turmas com amor, tolerância, firmeza e conduzir-se e conduzi-los pelo conhecimento.
Sensíveis a estas discussões – e cansadas pela finalização do terceiro bimestre (longo após um período de quase um mês de afastamento em virtude da Gripe Influenza H1N1) e pela proximidade do final do ano letivo -, todos os cursistas se emocionaram com a mensagem “Como se Escreve” (que traz o depoimento dos pais que não tiveram paciência com o filho para saber que palavra ele queria escrever; e quando este menino cresce, seu filho toma a mesma atitude e ele pára sua rotina e ensina o menino a escrever AMOR). O fato causou surpresa à formadora, por perceber que as lágrimas foram de saudade, alívio, emoção... (e como isto é necessário...).
Foram passados três vídeos para os cursistas. Um com o Movie Maker organizado pela formadora para apresentar no encontro de Porto Alegre sobre as atividades da SMECD Tupanciretã, outro da SMECD de São Sepé e um terceiro da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora sobre o GESTAR II (disponível na internet no endereço eletrônico Youtube.com).
Destacou-se os contrastes das realidades observadas, não como uma mera crítica, mas como um estímulo para que se faça cada vez melhor o trabalho com leitura. Foi também demonstrado o Powerpoint “Mito” (elaborado por cursistas da Região Nordeste), com a música “Black or White”, de Michael Jackson, no mesmo trabalho realizado com samba, tango, funk e axé, na primeira etapa.
Recordamos que o objetivo desta etapa é enfatizar o trabalho com tiras, provérbios e artes, e que isso pode ser produzido e valorizado em sala de aula, pois são temas que os alunos em geral têm prazer em criar. Também enfatizamos que isto não as afasta das reflexões teórico-práticas realizadas até então, e as prepara para adentrar numa questão bastante preocupante na abordagem da língua – como ensinar gramática.
Se lançou 3 observações importantes:

- Qual é o motivo de estudar gramática?
Nesta primeira, os cursistas enfatizaram que até pouco tempo não se pensava no ensino de Língua Portuguesa longe das regras gramaticais, e que não era data a devida importância ao trabalho com o texto.

- E ensinar gramática é importante?
- Por que se ensina gramática há tanto tempo e ainda assim os alunos não gostam nem aprendem satisfatoriamente?
Esta questão levantou problemas bastante conhecidos no meio pedagógico: a ineficácia de um sistema que pautava a aprendizagem na decoreba. Assim, ficou fácil responder à atividade oral proposta, que atende à reflexão de quatro perguntas:
 Como você trabalha gramática com seus alunos?
 Tem sido eficiente este modo?
 Quais as dificuldades?
 Quais as vitórias?
Foi então realizado um estudo sobre as gramáticas Normativa, Descritiva e Interna, no que a formadora teve diversas contribuições de cursistas que têm especialização voltada para o melhor entendimento desta área, tornando o debate bastante interessante e participativo.
Neste ponto, partiu-se para a análise do que é e como fazer a abordagem sob a perspectiva da sintaxe, da pragmática e da semântica, ficando evidente que “a união destes três princípios (eixos) da Língua Portuguesa permitem o desenvolvimento real da sócio-comunicação, do domínio sócio-discursivo e da apreensão do idioma para o seu uso – seja ele oral ou escrito”. Mais ainda: os cursistas conseguiram ligar estas análises a todos os TPs, que era justamente o objetivo da discussão.

Se propôs que se reunissem em duplas para ler o texto “Lecionei a todos eles” e responder:
1) Indique qual foi a postura do professor durante seu trabalho com os alunos descritos neste texto;
2) Destaque o papel do professor no destino destes sujeitos.
Reunindo as informações, os tópicos mais importantes foram a consciência de que os professores vêm se desestimulando ao longo dos anos por não encontrarem alunos com valores e pré-requisitos. O desinteresse dos alunos e a consciência do educador sobre seu despreparo para a realidade e para a realização de novas abordagens pedagógicas vão cada vez mais abrindo lacunas entre professores e educandos, fragmentando o trabalho e a escola.
Como a família também não tem conseguido cumprir seu papel e na maioria das vezes atribui aos professores e à escola responsabilidades que são suas, os dois segmentos não caminham na mesma direção, e os alunos ficam “soltos”, sem alicerce perdidos, fazendo escolhas equivocadas.
Partiu-se então para uma análise comparativa deste texto com o “A escola ensina para a vida”. Foram feitas as mesmas perguntas e novamente o preparo e o tipo de professores, família e escola que se tem foram objeto de crítica.
Para que consolidássemos a compreensão de que o ensino não deve ser “chato”, de que podemos e devemos lançar mão dos mais diferentes meios para aproximar os alunos do prazer em aprender sem que para isso seja preciso se afastar dos conteúdos exigidos, os cursistas assistiram ao vídeo “O Assalto”, após muitas risadas, elencaram temas/conteúdos que podem ser trabalhados a partir dele. Surgiram dicas, como:
 Vícios e figuras de linguagem;
 Alfabetização;
 Ascensão da violência no país;
 Concordância e regência (verbal e nominal);
 Uso da crase;
 Ortografia;
 Ética;
 Política, etc.
Comprova-se, portanto, que é um planejamento que busque a diferenciação no ensinar/aprender sem que se fuja do objetivo central que faz com que estar na escola e estudar seja significativo e prazeroso.
Antes do encerramento da Oficina, refletimos e revimos o projeto GESTAR II 2010 para o nosso município. Foram listadas uma série de atividades, sendo elas:
1) Elaboração de texto argumentativo a partir da utilização de uma frase de efeito, provérbio, ou poesia;
2) Poesia em cinco minutos – propor tema (pode ser sobre conteúdo), debater a respeito e oportunizar a criação de uma estrofe (decida se com rima ou não) durante o prazo máximo de 5 minutos;
3) Partir da leitura de uma imagem, vídeo, charge, pintura ou filme, promover um texto estilo “Circuito fechado” estipulando se com nomes, ações, qualidades, etc. (não usar a terminologia técnica);
4) Realizar a mesma atividade 2 ou 3 e, ao final, propor que, em pequenos grupos, retratem através de desenho o que os textos expressam (sem interferir na atribuição de sentido – semântica);
5) Projeto “Um capítulo por aula”: eleger com os alunos um livro. Ao final de cada aula deve ser lido um capítulo (o primeiro pelo professor, os demais pelos alunos).
Os cursistas terão de desenvolver uma delas com seus alunos e trazer 5 comprovantes no próximo encontro com um relato da atividade, como aconteceu, em que período, como foram as dificuldades e facilidades encontradas, com que turma(s), qual o objetivo, se este foi alcançado ou não, o que faltou, desencadeou outra atividade ou não, etc.

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